Na hora de ver um carro usado, muita gente leva a quilometragem indicada no painel como fator decisivo. Afinal, um veículo pouco rodado tende a apresentar menos defeitos e demorar mais para pedir por manutenções. Mas nem sempre isso acontece. Muitos lojistas e vendedores particulares insistem na prática do ‘tombo’, ou seja, atrasar o marcador de quilometragem.
O ato era mais comum quando os hodômetros ainda eram analógicos. Os digitais vieram para dificultar, mas, infelizmente, não para impedir. Basta um laptop e o software correto para mudar tudo através da eletrônica do próprio carro. É válido lembrar que a prática é considerada crime de estelionato, com pena de um a cinco anos de prisão.
Mas como saber se o usado foi ou não adulterado? Na hora de olhar o carro, fique atento a alguns fatores e siga as dicas abaixo:
- Veja se a quilometragem é compatível com o ano do carro. Em São Paulo, a média é de 20 mil quilômetros por ano;
- Procure pelo manual e veja os carimbos das revisões. Neles constam a quilometragem do veículo e a data. Se você comprar um carro com 40 mil km que fez a revisão dos 60 mil km um mês antes, fuja. E, acreditem, isso acontece;
- Verifique o estado geral do automóvel. Desgaste excessivo de volante, manopla do câmbio, pedais e apoios de braço denunciam que o carro é bastante rodado;
- Leve o carro para um mecânico de confiança. Uma rápida olhada nos itens de maior desgaste já determina a idade do modelo;
- Se o hodômetro for analógico, procure por marcas de rompimento do painel, como chaves de fenda nos parafusos. Os fraudadores costumam também acessar o marcador com um arame pelo buraco deixado pelo pino de zerar o hodômetro parcial, o que pode riscar a sua borda.
Com essas dicas e muita atenção, é possível comprar um carro usado sem ser enganado. Boas compras.
Fernando Pedroso / Fonte: iCarros
Nenhum comentário:
Postar um comentário